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ESCOLA ESTADUAL DE PRIMEIRO GRAU PROFESSOR WALTER SCHEPPIS

Guarujá 

Autor: Oswaldo Corrêa Gonçalves

Imagens da obra

Imagens do projeto

FICHA TÉCNICA


Nome da obra: EEPG Professor Walter Scheppis.
Data do projeto: 1960 / Construção / inauguração: Provavelmente 1962
Localização: Rua Joana Menezes de Mello Faro, 867, Sítio Paecara - Guarujá-SP.
Autor(es)(as) do projeto: Arq. Oswaldo Corrêa Gonçalves.
Intervenções posteriores: Há algumas intervenções, sobretudo, no piso térreo, sendo uma ampliação lateral a de maior desacordo com a concepção do projeto.
Tamanho do lote e área construída: 6.400 m2 / 2.170 m2.
Tombamento: Não houve



INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS


BUZZAR, M.A. Relatório final FAPESP Difusão da Arquitetura Moderna no Brasil – O patrimônio arquitetônico criado pelo Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto (1959-1963). Relatório final FAPESP, Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2015.

SOBRE A OBRA


O edifício escolar projetado pelo arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves em Guarujá, litoral paulista, durante o Plano de Ação do Governo Estadual - PAGE (1959-1963), sob gestão do governador Carvalho Pinto. O PAGE permitiu uma grande experimentação formal por parte dos arquitetos, como visto neste projeto, concebido em um único bloco com dois pavimentos, sendo o pavimento térreo parcialmente livre para dar espaço ao pátio de recreação coberto que se junta ás demais áreas livres do lote. A edificação se destaque pela da estrutura independente de concreto e pela volumetria de formato prismático – com seção pentagonal. No pavimento superior a estrutura independente também é salientada pelas das amplas aberturas das salas de aula. O formato pentagonal da seção do bloco configura a cobertura em duas águas que avança em relação às janelas das salas de aula, gerando grandes beirais que protegem contra a incidência de luz solar garantindo iluminação adequada. 
A edificação é toda franqueada não possuindo acessos principais, sendo o edifício, integrado com o ambiente externo, situação que o fechamento do grande lote com muros altos que prejudicam na relação com a cidade. No pavimento térreo encontram-se os ambientes administrativos, biblioteca e a salas para o primário, enquanto no pavimento superior, como já apontado, foram alocadas as 16 salas de aula.



IMPORTÂNCIA DA OBRA PARA O MOVIMENTO MODERNO


O projeto de escolas foi um grande tema da arquitetura moderna brasileira. Há duas grandes concepções, que geraram várias soluções. Uma na qual o programa encontra-se abrigado em um único bloco e outra na qual o programa é subdividido em mais de um bloco. Nesse caso, Correa Gonçalves alocou o programa em um único bloco. Entretanto, ao contrário do que normalmente é verificado nas obras da chamada Escola Paulista, o pátio não organiza o conjunto dos espaços, ainda que o térreo, parcialmente, livre seja um espaço muito significativo em termos espaciais, mas o piso superior não compartilha a permeabilidade e fluidez do pátio, configurando uma solução arquitetônica diferenciada, demonstrando as várias possibilidades que o modernismo brasileiro explorou.



SOBRE OS AUTORES


Oswaldo Corrêa Gonçalves cursou a Escola Politécnica de São Paulo e se formou engenheiro-arquiteto em 1941. Estagiou na Prefeitura Municipal de São Paulo e abriu o próprio escritório, com dedicação exclusiva a partir de 1953.
Foi professor na FAU-USP de 1954 a 1955, tesoureiro do departamento paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil, responsável por questões financeiras relacionadas à construção do edifício sede do IAB/SP. Foi presidente do IAB/SP de 1961 a 1963 e vice-presidente do IAB Nacional de 1973 a 1974. Recebeu o Colar de Ouro do Instituto de Arquitetos do Brasil em 1973, pelos serviços prestados. Foi organizador da seção de Arquitetura das Bienais de Artes de São Paulo e boa parte de sua produção está localizada na Baixada Santista e no interior do Estado de São Paulo. (GATI, 1995).
Participou do Convênio escolar, juntamente com Eduardo Corona, Ernest Mange e Roberto Tibau, convidado por Hélio Duarte, utilizando a arquitetura moderna para projetos escolares, priorizando a racionalidade do edifício. 
Projeta em 1961, juntamente a Júlio Katinsky e Abrahão Sanovicz, o Centro de Cultura de Santos e na década de 1970, participa da criação do Escritório Pluricurricular de Projetos (Pluric), da FAUS – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos, da qual também foi grande artífice da sua criação e da primeira Bienal Internacional de Arquitetura. (GATI, 1995)

Autores da ficha: Miguel Antonio Buzzar, Jasmine Luiza S. Silva, Caroline Niitsu de Lima, Miranda Zamberlan Nedel, Rachel Bergantin, Kelly Yamashita, João A. Cassaro Junior (Grupo de pesquisa “ArtArqBr – Arte e Arquitetura, Brasil” do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo IAU-USP).

Data da ficha: Fevereiro de 2020

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