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EDIFÍCIO ANA ROSA, CONJUNTO RESIDENCIAL JARDIM ANA ROSA

São Paulo

Autor: Abelardo de Souza

Imagens da obra

Imagens do projeto

FICHA TÉCNICA


Nome da obra: Edifício Ana Rosa - Conjunto Residencial Jardim Ana Rosa.
Data da construção: 1951
Localização: Rua Vergueiro nº 2137, 2143, 2149, 2161, 2177 esquina com as Ruas Doutor José de Queiroz Aranha nº 19, 21, 27, 39, 45, 49, 53, 57, 65 e Professor Aristides de Macedo, nºs 10 e 42 – Ana Rosa, São Paulo-SP.
Autor do projeto: Arq. Abelardo de Souza.
Área construída: 1972.9 m².
Tombamento: Resolução nº 37, CONPRESP, 2013 – nº 2004-0.297.171-6 e 2013-0.256.719-1.




INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS


ACRÓPOLE. Banco Hipotecário Lar Brasileiro, S.A. Acropole, Ano 14, n. 158, p. 56-58, jun. 1951.
BARBARA, F. O Conjunto Ana Rosa e o Edifício Copan. Contexto e análise de dois projetos realizados em São Paulo na década de 50. 2004. 2004. Dissertação (Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2004. 
BEDOLINI, A. C. B. Banco Hipotecário Lar Brasileiro, S. A.: análise das realizações no Estado de São Paulo 1941-1965. 2014. Dissertação (Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2014. 
CONPRESP - Resolução Nº 37, 2013. Disponível em: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/Re3713TombamentodoConjuntoJardimAnaRosapdf_1422981448.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2019.
CONSTANTINO, R. A. A obra de Abelardo de Souza. 2004. Dissertação (Mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2004. 
ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. Abelardo Riedy de Souza. 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa351601/abelardo-riedy-de-souza>. Acesso em: 27 mai. 2019.

SOBRE A OBRA


O Edifício Ana Rosa situa-se no bairro de Vila Mariana, na Rua Vergueiro, esquina com as Ruas Doutor José de Queiroz Aranha e Professor Aristides de Macedo, integrando o Conjunto Residencial Ana Rosa. A construção deste edifício, assim como dos demais que completam o conjunto, foi financiada pelo Banco Hipotecário Lar Brasileiro (BHLB). Tal empreendimento teve como objetivo suprir a insuficiência de mecanismos públicos para a produção de residências voltadas para a classe média paulistana. O Banco Hipotecário Lar Brasileiro adquiriu uma área de mais de dois alqueires antes pertencente ao “Instituto Dona Ana Rosa”, ou seja, dentro desta área foi criado um plano urbanístico para o desenvolvimento de inúmeras residências e edifícios residenciais, cada qual projetado por um arquiteto diferente.
O Edifício Ana Rosa, localizado nas proximidades do metrô Ana Rosa, foi construído no alinhamento do lote, apresentando uma área total construída de 1972.9 m². Seu um gabarito é baixo quando comparado aos grandes prédios comerciais situados na Rua Vergueiro, mas em relação às edificações residenciais localizadas nas Ruas Doutor José de Queiroz Aranha e Professor Aristides de Macedo, apresenta um gabarito coerente.
O edifício possui dois blocos, no pavimento térreo existem áreas destinadas a atividades comerciais, considerando o movimento existente na região. O projeto dispõe de apartamentos no interior do projeto voltada para o pátio interno, onde estão localizados o estacionamento e o jardim. O primeiro e o segundo pavimento são residenciais, e cada um possui vinte apartamentos, cujas unidades habitacionais são compostas por uma sala, dois dormitórios, um banheiro, uma cozinha, uma área de serviço voltada para o pátio interno da edificação e um quarto de serviço, sendo que algumas unidades do térreo não possuem este quarto de serviço. Ao todo, a edificação é composta por cinquenta e dois apartamentos com cinco tipologias diferentes. 
A edificação não possui elevadores, fazendo com que a circulação vertical seja realizada por meio de escadas, totalizando seis núcleos de circulação vertical que atendem, cada, de três a quatro apartamentos. O acesso dos moradores acontece pela Rua Vergueiro, Rua Doutor José de Queiroz Aranha e Rua Professor Aristides de Macedo. A entrada de veículos acontece na Rua Doutor José de Queiroz Aranha e Rua Professor Aristides de Macedo. A fachada da edificação é revestida por pastilhas vitrificadas. As águas do telhado são elementos arquitetônicos que compõem as fachadas, já suas janelas são em caixilharia de ferro e suas venezianas em madeira.



IMPORTÂNCIA DA OBRA PARA O MOVIMENTO MODERNO


De acordo com a Resolução de Tombamento 37/13 do CONPRESP, os edifícios que compõem o Conjunto Residencial Jardim Ana Rosa possuem grande “[...] importância histórica e arquitetônica para o bairro da Vila Mariana e para a cidade de São Paulo, [pois são exemplares] representativos de um importante momento da Arquitetura Moderna na cidade”. Ainda de acordo com o mesmo documento, representam “[...] um momento de inflexão na economia do país e os seus reflexos nos modos de morar e na aquisição de moradias pela classe média, que alteraram a fisionomia da cidade [...]; singularidade e qualidade ambiental gerada por esse conjunto de edificações e suas áreas verdes, que distinguem esse trecho do bairro e lhe conferem identidade com relação aos moradores da área e da cidade” (CONPRESP, 2013, n.p.).



SOBRE OS AUTORES


Abelardo Riedy de Souza nasceu em 1908, no Rio de Janeiro. Frequentou a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro entre os anos de 1927 a 1932, formando-se em arquitetura. Após o término dos estudos, frequentou o curso de urbanismo na Universidade do Distrito Federal, situada no Rio de Janeiro, até o ano de 1935. Trabalhou por um ano na Prefeitura do Distrito Federal, até 1939, quando se mudou para São Paulo e abriu seu escritório, sendo responsável por uma série de projetos significativos, entre eles o Edifício das Nações Unidas (1953). Localizado na Avenida Paulista, este edifício simbolizou a mudança de uso da avenida, até então predominante residencial, tornando-se uma área comercial e de serviços a partir da década de 1950. Foi autor, também, do Edifício Três Marias (1956) e do Mercado Municipal de Pirituba (1969). Durante a sua trajetória profissional, Abelardo de Souza fez parcerias com importantes arquitetos da época, tais como: Galiano Ciampaglia, Gregori Warchavchik, Hélio Duarte, Jacob Ruchti, Miguel Forte, Miranda Magnoli, Plínio Croce, Roberto Aflalo, Roberto Coelho Cardozo, Rino Levi, Roberto Cerqueira Cesar, Rosa Kliass, Salvador Candia e Zenon Lotufo. Além de ser um renomado arquiteto, foi professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) nos anos de 1948 a 1956 e de 1961 a 1971. (ENCICLOPÉDIA, 2019

Autores da ficha: Aline Nassaralla Regino, Pablo Amaral Chaim, Rafael Baptista de Oliveira, Yugo Kido Mizoguchi.

Data da ficha: Novembro de 2019

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